
A ciência – tudo que temos!
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_OU QUASE TUDO!_ Durante esse tempo de isolamento social o que não nos falta é tempo para pensar. Fomos todos pegos com a mão na botija! Despreparados. Com exceção de alguns países que
investem ou que tomaram decisões acertadas como a Islândia, Nova Zelândia, Coréia do Sul. Fiquei a me perguntar: Mas, como pode o mundo chegar aos pulos ao desenvolvimento? Ao sucesso? À
tecnologia de ponta? Construção de edifícios de mais de 100 andares? Tudo de modernidade? Aviões supersônicos? A era digital e tudo o que os computadores nos proporcionam? E deixarem de
lado, os vírus, que sobrevivem a tudo, e podem acabar com a humanidade num estalar de dedos. Que eu não saiba o que seja um vírus e seu poder catastrófico vá lá. Mas e os médicos? Os
sanitaristas? Os governantes? A ciência? Porque se não, qual o sentido de irmos à lua e não termos saúde e quando adoecemos , morrermos em efeito dominó? Conversando, refletimos que,
ciência/pesquisa custam caro. Não interessa ao mundo do imediatismo, e depois, investir nas ciências massivamente, não tem retorno rápido. Simples assim. E fiquei a pensar, em pequena
escala: porque um governante local não resolve a questão do saneamento básico? Custo alto e ninguém vê e não dá voto. O que dá voto é obra cara. Mesmo que depois vire o tal do elefante
branco. Já cansei de ouvir cientistas brasileiros que se mudam para os Estados Unidos/Europa para poderem desenvolver seus trabalhos. Agora mesmo no Brasil, com esse Governo que desqualifica
as Ciências Humanas, e corta as verbas das Ciências em geral, tudo é direcionado para um Governo que não tem o ser humano como prioridade. Os estudos. O bem estar dos indivíduos. E assim
caminha a humanidade…. Quando se vê a Alemanha, país que enfrentou as duas grandes guerras mundiais, com seu plano de desenvolvimento, uma Angela Merkel tomando as rédeas, cuidando do seu
povo, tomando providências, constato que, estamos ainda na idade da pedra. E com a pedra, as cavernas e as sombras indecifráveis. Somos vulneráveis aos seres invisíveis e mortais. Há décadas
com a saúde deixada de lado, quando na verdade deveria ser o objeto número um de todo país. Sem saúde não alcançamos nada. Nem mesmo a Educação. Ou a vida! Tão fundamental para todos os
povos. Teríamos que ter investido tudo em proteção, pesquisa para defesas, para pelo menos alguns desses vírus que nos ameaçam. E bom lembrar que, vieram outros antes de nós. As pestes que
assolaram o mundo. E outros virão em seguida. Do morcego, da galinha, do macaco ou de outros bichos hospedeiros. E da minha janela o que vejo? Um presidente débil e perverso a dizer: “E
daí?”, e a fazer apologia da ditadura todos os domingos, literalmente sem máscara, como se o país e a sua saúde do povo não lhe dissessem respeito; um ministro da saúde, de olhos sinistros e
que, não nos diz o que não seja óbvio, nem apresenta um caminho de esperança; um povo desavisado e descrente que a doença lhe acometa; uma desigualdade social que não comporta o mesmo
isolamento de quem pode ficar em casa; um abismo social pronto para explodir; um crise econômica que quebrará meio mundo, e mais ainda os mais pobres; uma saúde que engatinha para os
desafios do século XXI; um momento onde todos estão perdidos (nenhuma notícia concreta do que fazer, onde fazer, e como administrar o sistema falido da saúde); e uma nuvem sombria que nos
tira o sono e a sanidade. O tempo passa. Estamos em maio. Dia do Trabalhador. Mês das mães, das grandes vendas no comércio. E nós, lutando pela saúde de cada dia. A ladeira abaixo que cantou
Moraes Moreira ainda está por vir. E Moraes foi embora pro céu, pois lá deve ser amigo do rei! E nos deixou, sem mais nem ladeira, para cantarmos desavisados. E Viva a Ciência. Por favor
olhem para e por ela. _ANA ADELAIDE PEIXOTO _ _MAIO, 2020_