Microempreendedores têm até a próxima terça para regularizar dívidas junto a receita

Microempreendedores têm até a próxima terça para regularizar dívidas junto a receita


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_OBRIGATORIEDADE DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS PODE LEVAR MILHÕES DE MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS DE VOLTA À INFORMALIDADE_ Os Microempreendedores Individuais (MEI) com impostos atrasados têm


uma semana, até a próxima terça-feira (31), para regularizar suas dívidas. A partir de setembro, a Receita Federal encaminhará os débitos não regularizados para inscrição em dívida ativa.


Essa dívida será cobrada na Justiça com juros e outros encargos previstos em lei. Criado para simplificar e formalizar um modelo de negócios para pessoas que trabalham de maneira autônoma, o


Microempreendedor Individual (MEI) é direcionado para quem trabalha por conta própria em atividades não regulamentadas por entidades de classe. E a seis dias do prazo de encerramento que


obriga microempreendedores a regularizarem dívidas antes que elas sejam caracterizadas como dívida ativa, cobrada na justiça com juros e encargos previstos na lei, a previsão é que milhares


de pessoas retornem à informalidade. O prazo para regularização, segundo a Receita Federal, é até o próximo dia 31 de agosto. A situação pode ser regularizada pelo pagamento dos débitos,


utilizando o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), ou parcelamento. As duas forma de pagamento podem ser feitas diretamente no PORTAL DO SIMPLES NACIONAL. O DAS também pode ser


emitido pelo App MEI, disponível para celulares Android ou iOS. Para os microempreendedores que não regularizarem suas dívidas, seja quitando totalmente ou parcelando, a Receita Federal


encaminhará os dados das empresas para inscrição em Dívida Ativa, que além de ser cobrada na Justiça com juros e outro encargos, acarretará ao microempresário a perda de benefícios


previdenciários, como aposentadoria, auxílio doença, entre outros, deixando de ser segurado pelo INSS, e excluído do Simei pela Receita Federal, Estados e Municípios, e do Simples Nacional,


dificultando a aprovação de empréstimos e financiamentos, entre outros problemas. A Associação Nacional dos Simpi – Sindicatos da Micro e Pequena Indústria (Assimpi) afirma que o modelo MEI


tem se mostrado como um importante instrumento para empreendedores e que a formalização de trabalhadores autônomos possibilitou o recolhimento de tributos e a geração de postos de trabalho,


recolhimentos previdenciários, além de outros direitos concedidos pela legislação trabalhista. Segundo o assessor jurídico da Assimpi Marcos Tavares, a crise econômica gerada pela pandemia e


a falta de acesso a informações e assessorias contábeis e jurídicas são alguns dos fatores que geraram dívidas por parte dos microempresários. “A formalidade e regularidade fiscal é também


um ato de cidadania, mas há que se observar as adversidades do momento. Por isso, como representante das micro e pequenas empresas, para assegurar a formalidade destes empreendedores e


garantir a permanência de milhões de empregos, a Assimpi encaminhou na última semana um ofício endereçado ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao Secretário Especial de Produtividade e


Competitividade, Carlos da Costa, solicitando a prorrogação do prazo para regularização das pendências financeiras”, afirmou o advogado. De acordo com o documento entregue, a associação pede


a prorrogação do prazo por alguns meses, ressaltando a relevância do microempreendedor individual para economia nacional e prevê que a falta de flexibilidade na resolução do problema pode


gerar consequências ainda piores para a economia do país e, consequentemente, para a população. “Considerando todas dificuldades, a não prorrogação do prazo para os MEI’s se regularizarem


poderá conduzir milhões à informalidade, colocando nesta situação, inclusive, seus empregados, além de provocar uma queda de arrecadação tributária e mais perda de postos de trabalho”, diz


Tavares.